01/02/13

PARA SUL

O dia está feliz. Os pássaros cantam livremente, as abelhas passam rasante entre os silvados e no céu riscos brancos de aviões indiferentes. Passo o S. António e entro nas retas abertas pelos antigos, ladeados de muros novos e velhos que já assistiram a histórias pretas e de encantar. A Várzea, sempre sossegada, espraia-se por entre o milheirais e couves e vou descendo fazendo curvas e contracurvas. Cada curva do caminho lembra-me uma história de um passado com décadas e às vezes lá me cruzo com alguém, ou um carro que parece perdido mas com rumo pensado. A Aguadalto lá continua no meio da reta, agora mais triste e só. O tio Penuxo deixou na minha memória um nome para o lugar , enquanto as cegonhas brancas vão espreguiçando nas horas primeiras dos dias. Finalmente a Fonte Nova. terras frágeis e arenosas de espaços abertos e maravilhosos, estão semeadas de tudo o que calha. Olhar para sul ... encanta-me.

1 comentário:

Anónimo disse...

gosto!!!