Nas trovoadas do final do verão eu ficava na Fonte Nova a ver o evoluir das nuvens que, pairando sobre a serra da gardunha, se preparavam para semear chuva da grossa sobre os campos da Soalheira. Por vezes era apenas um espetador que a 4 km via o céu despejar água sobre a aldeia. à distância tudo parecia simples e normal mas quando chegava às primeiras casas apenas restava o chão lavado da calçada e pequenas poças como amostra do que por ali passou.
Pouco a pouco a vida regressava à normalidade ... a natureza em breves instantes transformava a vida em festa num silêncio de medo. Poucos eram os instantes em que pensava nisto.
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