31/05/13
FINS DE TARDE
Nos fins de tarde, na absoluta liberdade com as pedras a vender calor, sentava-me numa varanda estreita, forrada a granito com vista para a simples rua onde cresci. Os nomes de quem passava já pouco recordo mas as suas profissões, com os seus instrumentos de trabalho às costas bailam nos meus olhos. As sombras desciam e os lampadários espaçados davam vida à aldeia, mas no alto da minha varanda mandava eu.
26/05/13
25/05/13
22/05/13
VIDA DE CÃO
Em cadências incertas me perco. Em luares límpidos me lavo.
Por ternuras coloridas anseio. Nos fins que nunca acabo.
Estranha liberdade esta. Que tudo nega e determina.
Estranho silêncio que se detesta ... mas nunca me dasanima.
Lutamos por um melhor final. Estranha filosofia!
Quase tudo está mal. Sobra a nossa alegria.
Por ternuras coloridas anseio. Nos fins que nunca acabo.
Estranha liberdade esta. Que tudo nega e determina.
Estranho silêncio que se detesta ... mas nunca me dasanima.
Lutamos por um melhor final. Estranha filosofia!
Quase tudo está mal. Sobra a nossa alegria.
17/05/13
TORNADO
Deixa-me esquecer o que não quero lembrar
Deixa-me subir sem direção
Deixa-me colorir o que dispensa a cor
Morrer de amor no sonho que fala a canção
Deixa-me subir sem direção
Deixa-me colorir o que dispensa a cor
Morrer de amor no sonho que fala a canção
15/05/13
FUGA SEM FIM
Fugi dos livros e das filosofias
Tentei compreender o tempo
Isolei-me longe das alegrias
Onde mora meu sentimento?
São só mentiras lançadas no ar
Culpas nossas atiradas noutros
São as tristezas a nos abafar
Estamos rodeados de loucos
...
Tentei compreender o tempo
Isolei-me longe das alegrias
Onde mora meu sentimento?
São só mentiras lançadas no ar
Culpas nossas atiradas noutros
São as tristezas a nos abafar
Estamos rodeados de loucos
...
13/05/13
INVERNO NA ALDEIA
O inverno na minha aldeia era cheio de frio, de fumo e de nevoeiro. Descia a ladeira de neve com receio de cair, de molhar os pés ... envolto pelo fumo das chaminés, fazendo rally entre os rodados das carroças. Gostava de ver as nuvens descer a serra e sentir aquela humidade de gelo. Sentar-me no repuxo, comer um bocado de pão e brincar com a água que se escondia logo ali com direção ao quintal de alguém poderoso.
E sempre que passava alguém com chapéu era o senhor. E sempre que era domingo entre as treze e as catorze lá vinhamos todos descendo em busca do almoço com a missão cumprida.
Mas as minhas saudades são da fonte da praça com a água quente em dias de inverno rigoroso.
E sempre que passava alguém com chapéu era o senhor. E sempre que era domingo entre as treze e as catorze lá vinhamos todos descendo em busca do almoço com a missão cumprida.
Mas as minhas saudades são da fonte da praça com a água quente em dias de inverno rigoroso.
02/05/13
QUERO SER ...
Desenhei avenidas no meio das pedras e sem me deter, troquei cromos de cromos sem saber.
Desejei tempestades agrestes, de frios gelados e celestes e misturei as palavras para ninguém entender.
Voei com asas do que fui aprendendo, fui crescendo, fui morrendo ... por aí
Deixei-me enrolar, fui incapaz de criar obstáculos para aprender.
Fui andando de paixão em paixão, de regressos e partidas com destino à ilusão
Precisei de mais tempo para descobrir o que queria ser!
Desejei tempestades agrestes, de frios gelados e celestes e misturei as palavras para ninguém entender.
Voei com asas do que fui aprendendo, fui crescendo, fui morrendo ... por aí
Deixei-me enrolar, fui incapaz de criar obstáculos para aprender.
Fui andando de paixão em paixão, de regressos e partidas com destino à ilusão
Precisei de mais tempo para descobrir o que queria ser!
NUNCA TE DEI ROSAS
Nunca te dei rosas
Rosas com espinhos de lutas honrosas
Que nunca me lembrei de te dar
Agrestes pernadas de histórias fiadas
Cantinhos de silêncios escondidos
Por almas com destinos definidos
Nos abraços falsos dados por dar
TARDES DE VERÃO
Nesses caminhos negros me fiz, de sustos com cobras e pios de perdiz
De sombras de agosto ansiei, nas tardes em que cresci
Dos uivos de comboios atrasados, de tardes de sol, de pinheiros estafados
Cansados de ventos que a serra emprestou
E futuro ali desenhei e o meu sentido ali ficou
De sombras de agosto ansiei, nas tardes em que cresci
Dos uivos de comboios atrasados, de tardes de sol, de pinheiros estafados
Cansados de ventos que a serra emprestou
E futuro ali desenhei e o meu sentido ali ficou
iMAGEM DA NET
PARTE DO MAR
Se a loucura matasse, nos intervalos se ganhasse o bem que feito, precisa
Eu nunca renunciaria, os poemas rasgaria em troca de verde divisa
Esse jeito que não mente, me engana me põe doente
Faz-me fingir, enganar e desanimar
Mas tudo não passa de diversão, que foge e pára no chão
E um dia fará parte do mar
Eu nunca renunciaria, os poemas rasgaria em troca de verde divisa
Esse jeito que não mente, me engana me põe doente
Faz-me fingir, enganar e desanimar
Mas tudo não passa de diversão, que foge e pára no chão
E um dia fará parte do mar
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