27/04/10

CIGARRA


Pulam os sonhos
Extravagantes
Sons de Verão
Tão distantes
Verdes, castanhos
Meus amores
Já se foram

Arco-íris entre oliveiras
Cigarras, velhas cantadeiras
Nunca se cansam

Canto feio, parece sua cruz
Tanto mal lhe chamaram
Mas quem assim faz
É porque não é capaz
E só sabe insultar a luz

Cigarra
A tarde é tua
Enches a rua
Ninguém te vê
Espreita, abre a janela
Sou o dono da viela
Mas tu atrais-me
Diz-me porquê

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