Hoje foi diferente. Fomos para a sala 16. à esquerda o palco e à direita uma sala igual a tantas outras.
Lá se sentaram sempre com a língua afiada e com pouca vontade em ocupar o lugar de senhor aluno.
Esperamos o silêncio e este quando apareceu vinha com má cara e mesmo envergonhado. Perguntamos meio a sério meio a brincar porque é que tinha demorado tanto! O argumento é o mesmo de outros tempos: não há resposta , silêncio.
Colocadas as pedras no sítio voamos rapidamente para o início da peça. Dois apresentadores elegantes abrem com voz cansada a cerimónia. Corrige aqui, posiciona ali... lá passou. O primeiro acto meteu papel a mais. Decorar o papel dá trabalho e sacrifícios nos tempos que correm é coisa que ninguém quer fazer. Entraram as crianças e a criada, dentro do carro estava o filho mecãnico e lá chegou o fim com a sensação de que é necessário trabalhar muito e o tempo escasseia.
O 3º acto meteu mais ambiente dramático mas o papel principal não pareceu. Demos a volta ao espectáculo e terminámos com um grito forte libertando o esforço acumulado em estar 60 minutos calados.
Vamos andando à boleia do tempo que passa.
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