14/02/13

FESTAS DE VERÃO

Nas noites de agosto, por entre a música e a brisa noturna, fingia que gostava do arraial e do barulho e pó dos dançantes que gostavam de rodopiar ao sabor do ritmo. Não consegui nunca colar. Gostava de descer a ladeira, observar o céu, ouvir o mocho ou coruja e ouvir os cães ao longe. É isso que eu guardo no meu ser. Parar no chafariz, brincar com a água e, quando a noite já estava cansada, ouvir chegar a primeira carroça a sair para o campo.
Tinha sempre dificuldade de saber se devia dizer bom dia ou boa noite mas a simpatia de quem passava levava-me dali para a cama. O tempo não volta a atrás mas eu nunca vou esquecer.


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