28/10/10


Quando chego
Sento-me ao piano
E convido o silêncio

Tudo se expande
Tudo se insinua
Foge o medo
Para o fim da rua

E o mundo acaba ali
Onde o presente vive
É o futuro que eu previ
Tudo de bom o que eu tive

24/10/10

TROTINETE E SKATE







Junto à ponte Vasco da Gama em Lisboa, ao fim de tarde, é ver a juventude a experimentar novas sensações num vaivém arrbatador.



Da paisagem é melhor nem falar.

23/10/10

PALCO DA VIDA

Meu amigo trabalha no palco da vida. Umas vezes de pé, outras sentado, outras com aplausos e mesmo com assobios vai-se virando como pode sempre com o livro de instruções fechado. E espera que a vida doa menos, que o ruído se afaste e que a erva vá crescendo suavemente, como sempre.
Viver é apenas voar com liberdade.

SONHO COM PALAVRAS


SONHEI COM UM CAVALEIRO EMPROADO NUMA SELA DE PRATA.
Ainda ecoam nos meus ouvidos, os sons dos cascos do cavalo batendo nas pedra da estrada. E como o vento passou perante a imobilidade das estrelas ... estas que definem a vida e brilham ... brilham.
OLHEI-ME AO ESPELHO ... CADA VEZ MAIS VELHO ... pensei sem palavras e revi a velha canção - Jesu, joy of Man's Desiring.
Não tolerei as notas de música do agraável piano mas senti a alma do músico. Pontapeei o silêncio e perdi-me nas palavras. Afinal o cavaleiro era o mensageiro da beleza, da arte ...

22/10/10

NADA SEI

Nada sei
Das flores do Outono
Que o vento quebrou,
Sendo seu dono
E já não me perco pelas madrugadas
Já fugiram as noites de Verão!
Já não me sento nas escadas
Já não me dói o coração!

SIGO À DERIVA

Sigo à deriva
Por entre a chuva
E levo a vida
Sol e penumbra

E quem imaginou
Jardins de bom ar
Esquecido camuflou
Os segredos do amar

Se têm medo pedem paz
Perante o barulho, sossego
Se o destino é amar
Arranja-se logo um enredo

16/10/10

12/10/10

AS RUAS ONDE CRESCI


Cresci por entre estas pedras, brincando com a água do repuxo ...

POMBOS




Com passos apressados e olhar alerta ei-los flutuando pelas pedras da calçada, desta cidade à beira Tejo. Olham para trás, não perdem a frente, e meio divertidos meio chatiados vão andando com o dia. Todos os dias usam sapatos novos como políticos em visitas ao mercado e sem esboçar um sorriso vão esticando as asas em voos cheios de sol.

07/10/10

ÚLTIMA MULHER


Não existe, mais ninguém ... para amar
Já secaram as lágrimas ... não dá para chorar
Palavras secas cairam no chão ... sem ruído qualquer
Mas vive e cresce a ilusão ... nos olhos da última mulher

04/10/10

BOLA DE NEVE


Volto outra vez ... a olhar
Procuro diferenças ... não dá para achar
Não sei o que está diferente

Trocaram as ruas, os nomes e luas
Cada segundo é nova ilusão
Parece um mundo suspenso
Constipado sem lenço
Sem futuro, sem paixão

E rola a bola de neve
Pelo caminho da febre
Seu destino é a confusão

DOIS NEURÓNIOS


Dois neurónios encontram-se perto de uma orelha e um disse ao outro: Vamos medir o perímetro desta cabeça? O outro respondeu: da minha ou da tua?

Diz o primeiro: desta onde moramos ... nabo!

Ok, disse o segundo neurónio. Tens aí a fórmula? - perguntou.

És mesmo parvo, tenho uma fita métrica ... sinceramente.´

02/10/10

FIM DE TARDE NO PARQUE DAS NAÇÕES - LISBOA



Descer a cidade, encostar o carro num prédio silencioso e passear no parque das Nações é uma das formas mais simples e maravilhosa para um citadino terminar o dia.
Os atletas de ocasião, os namorados enamorados e a suavidade da água a caminhar para o mar transportam-nos levemente por baixo dos pinheiros que foram por ali plantados no século passado e persistem em emprestr a sombra ao visitante.
Com os reutaurantes a meio gás e a temperatura amena o Parque das Nações é um oásis na cidade de LiSBOA.

TEIA MÁGICA


Teia mágica
Teia mágica
O teu engano não tem fim
Enfeitas casas belas
Em alamedas,
Tudo parece um jardim

Adormeces
Me esqueces
Nem te consigo lembrar
Teia mágica, és uma página
Do meu olhar

01/10/10

OUTONO


Vou molhando os pés
No orvalho ... gota fria
Visto uma leve tristeza
Faz-me melancolia

Por um fraco raio de luz
Eu vendo meus pensamentos
Só vejo flores esquecidas
São outros os bons momentos

O MEU BERÇO


Fiz viagens
Combati
Ouvi contos
Sobrevivi

Fiz um história, com memória
A subir e a desceR
Que às vezes desaparece, se esquece
Volta a aparecer

Nasci aqui
Perto do mar
Nas encostas de barro e areia
E por mais que me perca
A minha terrA
Não me sai da ideia