O meu avô tinha uma carroça. O outro meu avô tinha um carro de bois. A vida fez-se com muitas arrelias e palavrões que deitavam ao chão qualquer. O vento também recebeu paravras impróprias servindo para descarregar as agruras da vida e a raiva do momento. Apanhei boleias cheias de 5 à hora e ruídos estranhos de animais dóceis e não dei pelo tempo a passar, não agradecendo a quem me estimou e amou sempre.
Um burro foi vendido, outro caíu num regresso a casa e os bois não sei para onde foram.
Hoje já quase não há carroças mas perdura a nostalgia de momentos fantásticos cheios de juventude e respeito.
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