Sinto saudades do meu tempo de criança. De viver no gelo e no nevoeiro de dezembros duros e encantadores que desciam a serra não se sabe, vindos de onde. Os meus avós, apesar da idade, conseguiam fazer-me sentir um rei com futuro, um homem com sentido e transmitiam-me uma esperança inquebrável.
O granito das casas e dos pavimentos refletiam a liberdade de viver e a água do inverno era mais que acarinhada. Guardo no meu coração a ternura desses tempos e são esses momentos que me fazem acreditar que há futuro.
A rua era esta e as saudades não têm fim.
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