30/12/12
NOVAS ESPERANÇAS!
Os dias vão perdendo fulgor, a riqueza amealhada vai saindo à rua para desaparecer no nada e o futuro vai ficando adiado. Quem arrisca vai fugindo ao destino e vai escrevendo noutras línguas, novas palavras de amor.
Queria voar por aí rumo ao paraíso, descobrir outros mares e marés mas a cabeça não deixa.
Vou adiando novas esperanças lá longe ...
Queria voar por aí rumo ao paraíso, descobrir outros mares e marés mas a cabeça não deixa.
Vou adiando novas esperanças lá longe ...
23/12/12
A MINHA VELHA BICICLETA
Uma vez tive uma bicicleta. Não me a deram, não a achei ... era velha, muito usada e amiga de fazer longas viagens. O ferro da sua estrutura estava ferrugento mas com simples pedaladas ela ia a todo o lado. Durou-me nas mãos um mês de um verão distante mas deixou-se saudades para a vida.
SERRA DA GARDUNHA
O tempo continua deslizando nas nossas vidas. Lá vamos todos atrás perseguindo o destino e só quem não sabe amar é que se mostra indiferente. Assobiamos um pouco menos, fazemos viagens cada vez mais longe mas o nosso querer vai morrendo devagar à medida que o inevitável se vai avistando. As teclas que fazem a música tornam-se gastas e previsíveis e a nossa aventura fica presa ao nosso passado. Depois ... vem o sol ... esquecemos o que nos dói ... e tudo renasce!
SAUDADES DA SOALHEIRA
Sinto saudades do meu tempo de criança. De viver no gelo e no nevoeiro de dezembros duros e encantadores que desciam a serra não se sabe, vindos de onde. Os meus avós, apesar da idade, conseguiam fazer-me sentir um rei com futuro, um homem com sentido e transmitiam-me uma esperança inquebrável.
O granito das casas e dos pavimentos refletiam a liberdade de viver e a água do inverno era mais que acarinhada. Guardo no meu coração a ternura desses tempos e são esses momentos que me fazem acreditar que há futuro.
A rua era esta e as saudades não têm fim.
O granito das casas e dos pavimentos refletiam a liberdade de viver e a água do inverno era mais que acarinhada. Guardo no meu coração a ternura desses tempos e são esses momentos que me fazem acreditar que há futuro.
A rua era esta e as saudades não têm fim.
17/12/12
RECEITA - Bacalhau à Bráz
INGREDIENTES
400 g de bacalhau ; 3 colheres de sopa de azeite ; 500 g de batatas ; 5 ovos ; 3 cebolas ; 1 dente de alho ; salsa ; sal ; pimenta ; óleo e azeitonas pretas.
Depois do bacalhau dechalado, sem peles e espinhas desfia-se delicadamente.
Com batatas do hiper fica melhor mas eu uso do pacote.. Pica-se o alho
Com batatas do hiper fica melhor mas eu uso do pacote.. Pica-se o alho
Entretanto, leva-se ao lume um tacho, de fundo espesso, com o azeite, a cebola e o alho e deixa-se refogar lentamente até cozer a cebola. Junta-se, nesta altura, o bacalhau desfiado e mexe-se com uma colher de madeira para que o bacalhau fique bem impregnado de gordura.
Juntam-se as batatas ao bacalhau e com o tacho sobre o lume deitam-se os ovos ligeiramente batidos e temperados com sal e pimenta.
Mexe-se com um garfo, e logo que os ovos estejam em creme, mas cozidos, retira-se imediatamente o tacho do lume e deita-se o bacalhau num prato ou travessa.
Polvilha-se com salsa picada e serve-se bem quente, acompanhado com azeitonas pretas.
13/12/12
BENDITA PAZ
Cai um silêncio medonho sobre as areias da noite. Tudo se arrasta levemente na brisa fria e o nevoeiro vai cescendo pelas margens acima. De escuro a noite nada tem e os ruídos vão se apagando até nascer um novo dia. Bendita paz que nos adormeces.
LUZES
Perdi-te por pouco. A estrada era a mesma mas o nosso sentido não o era. Cruzámo-nos sem o saber dezenas de vezes mas os rostos nunca mais se encontraram. E o tempo que nos moldou foi-nos afastando do pensamento e as luzes foram-se desvanecendo ao sabor das primaveras e das férias de verão. E num instante tudo muda, estamos aí na frente de um círculo que se fechou. As voltas do sentimento num século novo cheio de poucas promessas boas.
09/12/12
O AMANHÃ É HOJE
Fico a rabiscar numa folha branca. Esperando o tempo voar enquanto o vento canta.
Apetece telefonar mas não sei o que dizer, ouço a música passar ... e a vida se espanta.
Viver ... é descobrir que o amanhã é hoje
Apetece telefonar mas não sei o que dizer, ouço a música passar ... e a vida se espanta.
Viver ... é descobrir que o amanhã é hoje
07/12/12
BOLAS DE NATAL
As bolas são ouro, tesouro por alguém imaginado. Podem ser de futebol, de berlim, de mel, de fel ou mesmo quadradas. Podem estar na árvore de Natal, no meio do deserto que o incauto vai achar sempre graça. Sãoparte da publicidade, fazem parte da nossa saudade e encantam o mundo. Neste Natal ajude quem precisa ...
23/11/12
VIAGEM À VOLTA DE TI
Atravessei pontes
Rios sem pé
Inventei horizontes
Dormi com a maré
Cresci com os dias
Embalado pela tua vida
Vivi as tuas alegrias
Foi a viagem esquecida
E o piano vai voando
As notas brincando
Nem importa o luar
Recordo os pesadelos
As horas sem enredos
O teu sorriso ao chegar
Rios sem pé
Inventei horizontes
Dormi com a maré
Cresci com os dias
Embalado pela tua vida
Vivi as tuas alegrias
Foi a viagem esquecida
E o piano vai voando
As notas brincando
Nem importa o luar
Recordo os pesadelos
As horas sem enredos
O teu sorriso ao chegar
NOITE CHEIA DE SILÊNCIO
Ouço a música a tocar
O humor a variar
A noite é uma ilusão
Nada vai acontecer
Tu não vais aparecer
Vai doer o coração
Esta noite vou ficar aqui
Com saudades do teu calor
Ouvir a chuva a cair
Compor canções de amor
Eu quero que o vento leve
As folhas cheias de segredos
Que ao acaso semeie
Lá longe os meus medos
O humor a variar
A noite é uma ilusão
Nada vai acontecer
Tu não vais aparecer
Vai doer o coração
Esta noite vou ficar aqui
Com saudades do teu calor
Ouvir a chuva a cair
Compor canções de amor
Eu quero que o vento leve
As folhas cheias de segredos
Que ao acaso semeie
Lá longe os meus medos
UM BEIJO PERDURA
Tu seguiste outros caminhos
Nunca te arrependeste
Sentiste a minha sombra
Voaste ... nada perdeste
A Terra deu as suas voltas
E eu com ela me perdi
Ao longe soaram guerras e revoltas
O meu sentido estava em ti
Viajámos em barcos separados
Rasgámos o que o destino julgou
Morreu o passado e os tratados
Apenas aquele beijo perdurou
Nunca te arrependeste
Sentiste a minha sombra
Voaste ... nada perdeste
A Terra deu as suas voltas
E eu com ela me perdi
Ao longe soaram guerras e revoltas
O meu sentido estava em ti
Viajámos em barcos separados
Rasgámos o que o destino julgou
Morreu o passado e os tratados
Apenas aquele beijo perdurou
18/11/12
TUDO TEM UM NOME
Tudo tem um nome. Que mania esquisita criada não se sabe por quem. O que nasce tem um nome, o que passou fica enterrado e as flores continuarão a crescer para colorir o presente. Há palavras com história, há segredos reinventados por quem desenhou o mundo e as ondas continuam a marear no sentido do lado nenhum.
17/11/12
NATAL NO MUNDO
Caiem estrelas
Nesta noite divina
São luz são fé
Nesta casa pequenina
Passam alces
Voam renas
Chovem chupas e rebuçados
É Natal em todo o mundo
Os desejos são alados
...
Nesta noite divina
São luz são fé
Nesta casa pequenina
Passam alces
Voam renas
Chovem chupas e rebuçados
É Natal em todo o mundo
Os desejos são alados
...
12/11/12
10/11/12
09/11/12
OUTRO TEMPO
Pintei os dias de tristeza
Quando a alegria cessou
Descobri na incerteza
O caminho para onde vou
Não importa o inverno
Não acredito na saudade
Peço apenas um futuro
E muita liberdade
Quando a alegria cessou
Descobri na incerteza
O caminho para onde vou
Não importa o inverno
Não acredito na saudade
Peço apenas um futuro
E muita liberdade
ACORDAR COM O DIA
Deixei a madrugada ir
Pelos caminhos da volta
Abracei o sol que nasce
Que sobe no céu e se solta
Acordam os campos da ternura
Todos procuram a paz
Perde-se o sonho na lonjura
Tudo se mostra capaz
Pelos caminhos da volta
Abracei o sol que nasce
Que sobe no céu e se solta
Acordam os campos da ternura
Todos procuram a paz
Perde-se o sonho na lonjura
Tudo se mostra capaz
PROCURO O TEU AMOR
Deixo cair uma lágrima
Da face até ao chão
Cheira a terra ferida
Cheira a tristeza ... solidão
Não há nada que faça
Que não me lembre de ti
Partilhaste a minha vida
Fui feliz contigo ... vivi
Subo as escadas
Duas a duas
Queixa-se o coração
De saudades tuas
Tudo à minha volta
Ferve em explendor
Onde está o teu olhar
Procuro o teu amor
Da face até ao chão
Cheira a terra ferida
Cheira a tristeza ... solidão
Não há nada que faça
Que não me lembre de ti
Partilhaste a minha vida
Fui feliz contigo ... vivi
Subo as escadas
Duas a duas
Queixa-se o coração
De saudades tuas
Tudo à minha volta
Ferve em explendor
Onde está o teu olhar
Procuro o teu amor
03/11/12
26/10/12
CABELOS EM PÉ
Ando com os cabelos em pé
Perdi um dente da frente
Afundei os olhos num boné
Sinto-me indiferente
Não sei se é do orçamento
Não sei o que se passa comigo
A roupa está toda curta
Não consigo tapar o umbigo
Meus amigos dão muito apoio
Já se vestem como eu
Só falta cair o pêlo do peito
E ser obrigado a usar véu
Perdi um dente da frente
Afundei os olhos num boné
Sinto-me indiferente
Não sei se é do orçamento
Não sei o que se passa comigo
A roupa está toda curta
Não consigo tapar o umbigo
Meus amigos dão muito apoio
Já se vestem como eu
Só falta cair o pêlo do peito
E ser obrigado a usar véu
23/10/12
ANTIGA SOALHEIRA
Outros tempos, outras histórias, tantas memórias, que não quero perder
Minha terra, pequenina, maior que a serra, estrela minha ... sem esquecer!
Minha terra, pequenina, maior que a serra, estrela minha ... sem esquecer!
16/10/12
DANÇA COMIGO
Convida-me para dançar
Tocar meu coro no teu
Quero a ti me entregar
Redopiar ... subir ao céu
E se preciso for
Rasga a minha roupa
E d-me teu amor
Sacia a minha boca
Podes segredar
Onde hoje vamos
Se a valsa acabar
Nós continuamos
Tocar meu coro no teu
Quero a ti me entregar
Redopiar ... subir ao céu
E se preciso for
Rasga a minha roupa
E d-me teu amor
Sacia a minha boca
Podes segredar
Onde hoje vamos
Se a valsa acabar
Nós continuamos
14/10/12
SAUDADE
Saudade
É fome
Só passa
Quando tu estás
Às vezes
É tão profunda
Contrasta em mim
Guerra e paz
E se vieres ver-me à noite
Quando o cansaço está na hora
Prendo-te nos meus versos
E minha alma já não chora
Deixa descarregar
amor nos teus dedos
Vou-te sempre amar
Esquecer meus medos
É fome
Só passa
Quando tu estás
Às vezes
É tão profunda
Contrasta em mim
Guerra e paz
E se vieres ver-me à noite
Quando o cansaço está na hora
Prendo-te nos meus versos
E minha alma já não chora
Deixa descarregar
amor nos teus dedos
Vou-te sempre amar
Esquecer meus medos
12/10/12
GELEIA DE MARMELO
Deitar os caroços dos marmelos num tacho e juntar água.
Deixar esta mistura ferver, o que demora algum tempo, até reduzir bastante. Coar a mistura por uma gaze fininha, e medir o líquido, agora limpo de impurezas.
Por cada litro de líquido, juntar 1kg de açúcar. Levar novamente ao lume a ferver até atingir o ponto desejado, mais ou menos espessa.
Deixar esta mistura ferver, o que demora algum tempo, até reduzir bastante. Coar a mistura por uma gaze fininha, e medir o líquido, agora limpo de impurezas.
Por cada litro de líquido, juntar 1kg de açúcar. Levar novamente ao lume a ferver até atingir o ponto desejado, mais ou menos espessa.
07/10/12
04/10/12
PERGUNTO-LHE SE
O meu vou não o dou. Já foi tempo que criava expetativas e entusiasmos que depois não sabiam a nada. Já nem há reflexos favoráveis a ninguém. Até os cartazes rareiam e as ruas estão limpas. Se não acreditasse na democracia nunca mais faria um X.
ESTAGNAÇÃO
Está tudo incerto e ao mesmo tempo estagnado. Dizem que o ciclo está a chegar ao fim e surgem os necessários ajustamentos que não se entendem. Renovam-se as discussões com candidatos a enviar mensagens que não convencem ninguém.
Vou fazer uma pausa e vou comprar uma gravata.
Vou fazer uma pausa e vou comprar uma gravata.
14/09/12
SEM NOME
06/09/12
MENOS QUE NADA
O que há nos sacos vai ficando mais no fundo e por aí soam indiscretos salteadores que afirmam que não chegará ao limite. Vãs palavras que se repetem, e por estranho que pareça, a maioria acredita ... desdita saúde deste reino plantado em lado nenhum que vai morrendo devagar na esperança de chegar a lugar algum. Com tantos gestores do tempo como foi possível subir tão baixo?
30/08/12
CARVALHAL - ALENTEJO
A costa vicentina mostra-nos recortes e praias de uma costa brava mas convidativa a descansar uma semana. O parque de campismo do Carvalhal tem poucas tendas neste final de agosto mas o serviço continua a ser de 4 estrelas. À noite ouve-se o mar enfurecido ... os dias apesar de tranquilos nem sempre combinam com a praia. A água está fria e o vento cortante.
BEJA CIDADE
PARQUE DA CIDADE - BEJA
Impávidos e com um ar senhorial os patos do Parque da Cidade de Beja passeiam e desfilam pelos 4 cantos do maior lago artificial da zona ... excluindo o do Alqueva. Têm nomes que ninguém conhece e segredos que a ninguém contam mas são e serão sempre imprevisíveis. Não deixem de passar lá, tomar um café e observar os vaidosos.
16/08/12
PONTE VASCO DA GAMA - PINTURA DO MIGUEL
Dou por mim a esquecer-me do amarelo. Logo a mais brilhante, a mais alegre das cores não cabe na minha pintura. Olho com mais atenção ... lá está camuflado no verde e um quase nada no castanho. A água do Tejo descolorida pela preguiça do não esforço apenas se mostra como sombras distantes e alheadas a luz e o céu morre de desejo por ter o sol.
A minha tela está junto à relva e os carros continuam indiferentes aos meus pensamentos.
GARDUNHA LÁ AO FUNDO
As histórias têm um começo e um fim. Vão caminhando ao sabor do mundo por trilhos insuspeitos, por acasos discretos e certezas que nunca foram inventadas. Umas começam do nada, crescem e arrumam-se a um canto e ninguém sabe o que lhe há-de fazer ... outras morrem lentamente desfazendo o tempo num sopro de ar infeliz.
Em tudo há terra, vento e a magia da vida ... garra de quem semeia e colhe o fruto.
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