Nas tardes de agosto as moscas, aos montes, brincavam com as sombras das flores e entravam e saíam da casa como se fossem donas do lugar. Havia um periquito, azul e branco, que tinha uma perna sem rótula o que causava um incómodo que estão a adivinhar. Era meigo, gostava de carinhos nas penas do pescoço, mas sobretudo, de companhia. As moscas passavam e voavam indiferentes na ânsia de aproveitar os 15 dias de vida e o periquito imaginava onde haveria um veterinário para lhe corrigir o problema. As moscas morreram de velhice por ali e o periquito fugiu em busca do desconhecido.
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